segunda-feira, 17 de agosto de 2015

NOTICIAS SOBRE PAU DE BALSA


dia de campo
EMPRESA SUIÇA VISITA PANTIO DE PAU DE BALSA EM MATO GROSSO

O vice-presidente da Business Excellence, uma empresa suíça, Alexandre Domingues, visitou algumas propriedades rurais na região Oeste do Estado de Mato Grosso que cultivam pau de balsa. A empresa é considerada uma das grandes distribuidoras de pau de balsa no mundo e tem interesse em adquirir a madeira para fabricar hélice eólica. A madeira apresenta uma densidade média de 150 quilos por metro cúbico, considerada ideal para confecção de hélices. Foram visitados plantios nos municípios de Mirassol D’Oeste, Quatro Marcos e Araputanga.
Com uma área plantada de 3,7 mil hectares no Estado, a madeira brasileira Ochroma pyramidale, Bombácea pode chegar ao primeiro corte medindo 20 metros de altura por 35 centímetros de diâmetro. O pau de balsa é usado para isolação acústica, artesanato, construção de jangadas, balsas, aeromodelismo, colete salva vidas, fabricação de papel, móveis e outros. E agora, hélice eólica que utiliza o vento como fonte alternativa de energia para gerar eletricidade e com a força do vento irrigar terras áridas e drenar alagados.
O pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Décio Teruo Miyajima, que há cinco anos pesquisa o pau de balsa salienta, que em parceria com o produtor já analisa os dados de crescimento da planta e custo de produção para definir o preço do metro cúbico a ser comercializada no Estado. E num trabalho inédito com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vão pesquisar novos materiais genéticos de pau de balsa. “No futuro a intenção é produzir mudas in vitro para garantir um padrão da madeira a ser comercializada”, destaca Décio.
Árvores com a idade de 03 a 04 anos, consideradas prontas para o corte, representam 20% de toda produção em Mato Grosso e os outros 80% são plantas com menos de 02 anos de plantio. Segundo Décio, os produtores ainda não têm a técnica de corte do pau de balsa, sendo necessário entregar a madeira em toras. No Distrito Industrial de Cuiabá estão instalando uma empresa que fará o corte da madeira na propriedade dos produtores com uma serra portátil facilitando a comercialização. “O objetivo da serra é evitar desperdício e com maior aproveitamento no padrão internacional”, ressalta Teruo.
A presidente da Cooperativa de Produtores de Pau de Balsa de Mato Grosso, Maria Elizete Pinheiro, esclarece que na região de Alta Floresta (803 km ao Norte de Cuiabá) já cortam a madeira para fabricação de compensados e lâminas para produção de móveis. Hoje o Estado possui 105 produtores que investiram no plantio da madeira. Ela ressalta que o pau de balsa é uma matéria prima que tem mercado consolidado. O proprietário de uma empresa de compensados no município de Guarantã do Norte (715 km ao Norte da capital), Claúdio Didomenico, fala que é necessário fazer teste com a madeira para verificar a sua resistência, ou seja, é necessário pesquisas para conferir a potencialidade do pau de balsa.
Segundo o empresário, ainda há escassez de matéria prima no mercado. “Acredito que em 2014, teremos madeira para utilizar nas indústrias”, declara Cláudio. O produtor rural, Acássio Yochida, do município de São José dos Quatro Marcos (315 km a Oete da Capital), possui 130 hectares com o cultivo da madeira e espera que o preço do metro cúbico chegue a R$ 160,00, o que considera um bom valor para comercialização das toras. O produtor fala que para manter um hectare de pau de balsa por ano, gasta em média R$ 1 mil. E o primeiro corte será realizado no quinto e sexto ano de plantio. A visita nas propriedades aconteceu no dia 18 de novembro. (Rosana Persona)

 http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?id=23236&secao=Artigos%20Especiais

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Pau-de-balsa: aptidões e desafios
http://www.rondoniarural.com/noticias-detalhes.php?cod=7909 

Espécie madeireira de rápido crescimento, pau-de-balsa pode ajudar na diversificação da produção e no reflorestamento acelerado de áreas degradada
O crescimento rápido é a principal contribuição do pau-de-balsa (Ochroma pyramidale) dentro de um sistema de silvicultura. Nos plantios comerciais, a árvore atinge o ponto de corte entre quatro e seis anos e, por isso, pode ser uma alternativa para quem estiver interessado em fazer diversificação de espécies de árvores. Já com fins de preservação permanente, pode ser usada em plantios mistos destinados à recomposição de áreas degradadas.

Atualmente, no Estado de Mato Grosso é usada para fins de reflorestamento. O estado é o maior produtor, com uma área aproximada de 7.900 hectares, segundo a Cooperativa de Produtores de Pau de Balsa de Mato Grosso (Copromab).




Rápido crescimento: entre quatro e seis anos, árvores estão prontas para corte comercial



De acordo com o pesquisador Maurel Behling, da Embrapa Agrossilvipastoril, a árvore pode chegar a 25m de altura e até 60cm de diâmetro. Possui tronco reto, com poucos ramos ascendentes e distanciados, que formam uma copa aberta e irregular. Ramos jovens, grossos, com cicatrizes foliares e estípulas verdes ou verde-pardacentas. A casca é lisa, mas lenticelada e com estrias lineares, de cor clara, às vezes parda ou parda-acizentada e com manchas esbranquiçadas e até 1 cm de espessura. A copa é aberta e ampla e pode alcançar até 18 m de diâmetro. As folhas são simples, alternas e dispostas em espiral, apresentam pecíolo longo e 5 a 7 nervuras principais. O ápice da folha é arredondado ou subagudo e a base cordiforme. As flores são solitárias, vistosas, aromáticas, com 10-15 cm de largura e 7-9 cm de diâmetro e apoiadas por pedúnculos largos e grossos. O fruto é uma cápsula loculicida quase cilíndrica, lenhosa, de 10 a 25 cm de comprimento e 2 a 3 cm, excepcionalmente, 5 cm de diâmetro.

“O tempo de crescimento para corte comercial é de 4 a 6 anos, vai depender da qualidade do sitio, pode-se esperar até 08 anos, depois desse tempo a madeira começa a perder qualidade, saturação da base do tronco (coração vermelho), após 12 a 14 anos as árvores começam morrer”, explica Behling.

O máximo de corte vai depender do manejo silvicultural adotado. Pode-se fazer um plantio adensado e realizar desbastes intercalares (um ou dois) antes do corte raso, manejo, recomendado para produtores com baixo nível tecnológico (material genético ruim e pouco manejado). Somente o corte raso, espaçamentos mais amplos, bom material genético, bom trato silvicultural (elevado nível tecnológico).

Sua madeira de baixa densidade tem emprego principal na confecção de laminados. É usada também para a fabricação de vários outros produtos como papel e celulose em função das fibras bastante longas e de produzir um tipo de celulose de alta qualidade com um grau de rendimento entre 45 a 50%.

“Atualmente, o principal mercado é a construção de hélices eólicas. Também é usada como isolante, em embalagem de gêneros alimentícios, isolante térmico e acústico, maquetes de arquitetura, diafragma de microfones, botes salva-vidas, painéis para a forração de tanques de armazenamento em navios, aeromodelismo e nautimodelismo, para anzóis de pesca etc”, observa o pesquisador.

Cautela
Ainda segundo Behling, o mercado mundial comercializa em torno de 150 mil m³/ano de madeira de pau-de-balsa, movimentando em trono de US$ 71 milhões. Os principais compradores são os Estados Unidos (50%), China, Índia etc. A Empresa Alcan Baltek (3A Composites) domina 70 % do mercado mundial.


Pesquisador Maurel Behling recomenda estudo de mercado antes de optar pela cultura



No ano de 2005 a madeira beneficiada de Pau de Balsa obteve seu maior preço, chegando a ser negociado a US$ 441,00 m³. Em 2006, registrou-se queda e nos anos de 2007 e 2008 houve uma recuperação no preço atingindo US$403,00. Em 2009, devido ao declínio da demanda, resultado da crise econômica registrada nos EUA (principal importador), o preço da madeira beneficiada chegou a ser comercializada a US$ 240,00, queda de mais de 40% em relação ao ano anterior.

“No Brasil, como não existe um mercado consolidado para absorver a madeira oriunda de plantios de pau-de-balsa, o preço do metro cúbico é modesto, varia de R$ 100,00 a 150,00/m³ da árvore em pé. Existem também, dados que indicam a comercialização da madeira por US$ 60,00/m³, no mercado internacional. Porém, a recomendação uma visão conservadora para elaboração de projetos no Brasil, ou seja, considerar, o preço estimado para venda da madeira em pé de R$110,00/m³”, afirma.

Behling lembra ainda que não há números consolidados de custo de implantação. De forma geral eles são elevados, acima de R$ 3500,00 por hectare, isso ocorre principalmente pelo uso de técnicas não adequadas, o que eleva o custo de implantação, há o revolvimento intenso do solo em detrimento ao cultivo mínimo.

Expectativas
Espécies florestais de rápido crescimento como o pau de balsa (em torno de três a sete anos) têm sido apontadas como possível alternativa para reduzir a pressão do desmatamento de áreas nativas associado ao potencial para recuperar áreas degradadas e sua utilização em sistemas de integração lavoura pecuária floresta (ILPF). No entanto, pouco se conhece sobre o manejo de povoamentos homogêneos de pau-de-balsa, principalmente, devido à falta de estudos.

Apesar do grande potencial que possui, o pau-de-balsa ainda busca a consolidação e ampliação de seu mercado no Brasil. As expectativas, entretanto, são de que em um futuro próximo o pau-de-balsa possa se consolidar com um mercado interno competitivo e com bom valor agregado, assim como já ocorre no mercado internacional.

“Se pensarmos no mercado internacional, o pau-de-balsa tem potencial muito interessante até mesmo pelo aumento na demanda por geradores eólicos, para a produção de hélices eólicas. Também podemos considerar o potencial desta espécie para outras aplicações como carrocerias de automóveis, embarcações e também com potencial para mercados alternativos como a composição de lâminas, dando uma leveza maior as chapas de compensados. Há ainda a própria indústria moveleira, associando a beleza da teca e do mogno com a leveza do pau-de-balsa, ou seja, criação de um nicho de mercado moveleiro que absorva parte da madeira”, finaliza.

Mais informações sobre o pau-de-balsa pode ser obtidas com o próprio pesquisador Maurel Behling, no telefone: 66 3211-4227 ou na Copromab, através do link: www.copromab.com



Marcelo Pimentel

www.diadecampo.com.br


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Quem sabe responde: cultivo de pau de balsa

Quem sabe responde: cultivo de pau de balsa
Gostaria de receber orientações referentes ao cultivo do pau da balsa, como:

• Plantio
• Espaçamento entre árvores
• Número de plantas por hectare
• Tratos culturais
• Tempo até colheita e comercialização
• Dinheiro investido e retorno

Cênio Lindemann, de Lucas do Rio Verde/MT.
A resposta desta semana é do engenheiro agrônomo Décio Teruo Miyagima, da Empaer/MT. Além de suas respostas, Miyagima enviou também um artigo contendo diretrizes técnicas para o plantio de pau de balsa, cujo link está disponível ao final desta resposta. O documento foi elaborado pela Seder/MT (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural do Mato Grosso).
Plantio
A época de plantio do pau de balsa é a mesma que a de qualquer cultura. Ela começa no dia 15 de novembro e segue até primeira quinzena de fevereiro. As covas podem ser abertas manual ou mecanicamente, devendo ter uma dimensão compatível com o tipo de muda utilizada.
Espaçamento entre árvores
O espaçamento deve levar em consideração o solo. Quanto mais fraco de nutrientes, maior deve ser o espaço entre as árvores de pau de balsa. A relação entre este espaço e número de árvores é a seguinte:
Distância
Árvores por hectare
3x2 metros
1666
3x3 metros
1111
4x3 metros
833
Quando o seu plantio tem como objetivo a produção de semente, pode-se usar espaçamentos maiores, como 5x5 ou 7x7 metros.
Tratos culturais
O trato cultural do pau de balsa deve ser feito somente no primeiro ano com herbicidas, roçadeiras e coroamento com um metro de diâmetro. Aos dois anos e meio deve haver um desbaste e o corte final ocorre a partir dos quatro anos e meio.

Além disso, outros cuidados são importantes, como evitar o corte da raiz para ajustar as mudas na cova e não plantar em covas encharcadas por água.
Comercialização
O pau de balsa pode ser comercializado em toras a partir de 15,0 cm de diâmetro ou na forma de madeira serrada, laminada, faqueada e outras.

Quanto às vendas, a indústria 3A Composites, instalada em Cuiabá, está comprando o desbaste e paga 90 dólares por metro cúbico de madeira serrada.
Características do Pau de Balsa
O pau de balsa, cuja origem do nome remete ao seu uso para construir a embarcação, é uma espécie rústica e de boa adaptabilidade. O clima mais indicado para o plantio é o tropical úmido, com estações bem definidas entre seca e chuva.

pau de balsa não é resistente a geadas e seu cultivo é indicado para locais entre 100 e 900 m de altitude, com temperatura média anual de 22°C a 27°C e precipitação média anual de 1200 mm a 2000 mm, com até quatro meses de seca. Quando plantado em locais de secas estendidas, deve ter irrigação complementar ou acesso facilitado ao lençol freático.

É oportuno ainda lembrar aos silvicultores que os galhos do pau de balsa se quebram com facilidade.
Para mais informações sobre plantio e semente certificada de pau de balsa, seguem os contatos do engenheiro agrônomo Décio Miyagima:

E-maildeciotm@yahoo.com.br

Telefones
(65) 9973 1086
(65) 8408 2588
(65) 8111 6106
(65) 3648 9271
Postado em: 14/09/2011 00:00:00
Fonte: Rural Centro
Editoria: Agricultura
http://ruralcentro.uol.com.br/noticias/quem-sabe-responde-cultivo-de-pau-de-balsa-47174#y=1730

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02/04/2013

Pau de balsa ainda desperta interesse dos produtores rurais

http://www.painelflorestal.com.br/noticias/silvicultura/pau-de-balsa-ainda-desperta-interesse-dos-produtores-rurais

Classificada como espécie pioneira, o pau de balsa tem rápido crescimento

Painel Florestal - Agro Debate
Mesmo com sério problemas de comercialização e de ausência de parâmetros para o plantio, o interesse pelo pau de balsa tem crescido e não somente em Mato Grosso, mas em todo o Brasil. O Serviço de Atendimento ao Cidadão da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, tem recebido inúmeras solicitações de informação vindas de todas as regiões do país.
O pesquisador da Embrapa Maurel Behling explica que o resultado consolidado da pesquisa mostra que o pau de balsa não tolera temperaturas baixas e geadas, nem períodos de déficit hídricos muito prolongados. "Tivemos demandas para o plantio no Nordeste. A ressalva é que se esse período seco for muito prolongado, o pau de balsa não vai ter um desenvolvimento satisfatório. Mas isto precisa ser testado. Como ele tem uma variabilidade genética muito grande, pode ser que haja algum material com certa tolerância a essas condições".
O engenheiro agrônomo Julio Santim recomenda cautela no plantio. A dica do pesquisador é que se cultive inicialmente em pequenas áreas para testar o desempenho das árvores. Em Guarantã do Norte, onde a Embrapa realiza a pesquisa, são muitos os produtores que demonstram interesse em investir no plantio do pau de balsa. "A orientação é que iniciem o cultivo de forma lenta, porque ainda estamos desenvolvendo a pesquisa e ainda não temos muitas orientações. Assim que tivermos mais garantias, vamos motivar a plantar mais".
Outro aspecto importante e que já está sendo articulado por produtores e indústria madeireira é a legislação estadual para plantios comerciais de espécies florestais. Ainda não há legislação estadual para a silvicultura. Há apenas a fiscalização das áreas de manejo. O objetivo é ter esta legislação antes da colheita destas florestas que estão sendo plantadas.
Desenvolvimento - Classificada como espécie pioneira, o pau de balsa tem rápido crescimento. Em um ano chega a atingir quatro metros de altura e o tronco pode chegar aos 10 cm de diâmetro. Estas características favorecem seu uso em sistemas integrados de produção, sobretudo em sistemas silvipastoris. "Esta é a vantagem do pau de balsa em relação a outras espécies utilizadas no reflorestamento. Mas é importante destacar que esse crescimento rápido só é possível com uma adubação adequada", ressalta o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, Maurel Behling.
O pau de balsa também é utilizado na integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF). Mas quando se faz essa opção é preciso ter alguns cuidados. Um experimento feito em uma Unidade de Referência Tecnológica montada na fazenda Gamada, em Nova Canaã do Norte (MT), mostrou que o espaçamento entre os renques deve ser maior do que o utilizado com outras espécies florestais.
Nesta área, os renques de pau de balsa, com três linhas cada um deles, ficaram distantes 20 m. Entretanto, após quatro anos, as copas das árvores bloquearam quase toda a entrada de luz entre os renques, prejudicando o crescimento da planta forrageira. "Com o pau de balsa devemos utilizar uma distância entre 30 e 40 em função da estrutura da copa das árvores".
O manejo das árvores também é fator crucial para o aproveitamento desta espécie nos sistemas integrados de produção. Assim como em áreas comerciais de plantio de pau de balsa, a poda pode elevar a trifurcação, permitindo maior entrada de luz no sistema. "Com a poda das árvores é possível formar um fuste maior, não deixando a trifurcação baixa. Com a elevação da copa através da poda, será possível permitir maior passagem de luz para o sub-bosque".
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Pau-de-balsa Ochroma pyramidale (Cav. ex Lamb.) Urban

https://www.inpa.gov.br/sementes/iT/19_Pau-de-balsa.pdf



Identificação Família: Malvaceae. Nomes vulgares: pau-de-balsa, pau-de-jangada, patade-lebre, balsa. Sinonímias:Ochroma lagopus Sw., Ochroma obtusum Rowlee, Ochroma bolivianum Rowlee, Ochroma pyramidale var. bicolor Brizicky, Ochroma tomentosum var. ibarrense Benoist, Ochroma peruvianum I. M. Jonhst, Bombax pyramidale Cav. ex Lam. Usos da espécie O uso principal é a madeira, muito empregada na construção de barcos e jangadas, na confecção de bóias salva-vidas, brinquedos, isolantes térmicos, forros de teto, caixas leves e também na fabricação de celulose. A madeira pode substituir a cortiça em suas múltiplas aplicações. A paina, que envolve a semente, é usada em enchimento de colchões e travesseiros. Por apresentar altas taxas de crescimento e resistência à luz direta, a espécie é recomendada para a recuperação de áreas degradadas e melhoramentos de solos. É usada também em sistemas pastoris, pois é plantada em pastos para fornecer sombreamento ao gado, contudo, não é uma prática recomendável, se há também a intenção de explorar a madeira, pois os animais provocam vários danos ao fuste. A espécie também é usada como ornamental, pela beleza e apresentar rápido crescimento. Descrição botânica A árvore tem vida curta, cresce rápido e pode chegar ao dossel da floresta, com 20 a 25 m de altura e até 1,2 m de diâmetro. A casca é lisa, mas lenticelada e com estrias lineares, de cor clara, às vezes parda ou parda-acizentada e com manchas esbranquiçadas e até 1 cm de espessura. A copa é aberta e ampla e pode alcançar até 18 m de diâmetro. As folhas são simples, alternas e dispostas em espiral, apresentam pecíolo longo e 5 a 7 nervuras principais. O ápice da folha é arredondado ou subagudo e a base cordiforme. As flores são solitárias, vistosas, aromáticas, com 10-15 cm de largura e 7-9 cm de diâmetro e apoiadas por pedúnculos largos e grossos. O fruto é uma cápsula loculicida quase cilíndrica, lenhosa, de 10 a 25 cm de comprimento e 2 a 3 cm, excepcionalmente, 5 cm de diâmetro, de cor marrom-avermelhada a ferrugínea e pubescente. A deiscência locular se dá por cinco valvas longitudinais. Os frutos possuem um elevado número de sementes envoltas por uma paina sedosa de cor pardo-clara ou amarelada. As sementes são ovóides, mas com uma extremidade acuminada, de cor castanhoescura de 2 a 5 mm de comprimento e 1,5 mm de diâmetro; fortemente aderidas à paina, que auxilia na dispersão das sementes. O endosperma é abundante e o embrião é reto. Ecologia Pau-de-balsa é amplamente distribuída na zona neotropical, incluindo as Antilhas, ocorre desde o Sul do México até a Bolívia e na Amazônia Brasileira; preferencialmente em terras baixas e em vales entre montanhas, mas também pode ser encontrada até 2000 m de altitude. Desenvolve-se relativamente bem em solo arenoso com fina camada orgânica, como nas margens inundáveis de rios e igapós, mas prefere solos férteis, úmidos, bem drenados, argilosos, neutros ou alcalinos. Não tolera solos de alta salinidade. As flores são polinizadas por insetos noturnos e as sementes são dispersas pelo vento. As sementes podem permanecer em dormência por muito tempo, compondo o banco de sementes da floresta. Germinam abundantemente quando as condições de luz, temperatura e umidade são propícias. Em clareiras florestais, em campos abandonados ou em solos aluviais recentes, ocorre boa regeneração natural e muitas vezes a espécie é classificada como invasora ou associada às florestas secundárias. Floração e frutificação A floração é geralmente observada no final da época chuvosa (abril-julho) e a frutificação na época seca (julhooutubro). Obtenção de frutos/sementes Os frutos são coletados na copa das árvores, com podão, no momento em que é iniciada a abertura espontânea dos frutos, o que pode ser facilmente notado pela presença de paina nos frutos. Beneficiamento das sementes Os frutos devem ser mantidos secos para completar a abertura. A retirada manual das partes lenhosas dos frutos é fácil, porém a separação das sementes da paina é uma tarefa bastante trabalhosa. Um kg pode conter de 70- 100 mil sementes. O teor de água das sementes varia de 9-12%. Informativo Técnico Versão impressa ISSN 1679-6500 Versão on-line ISSN 1679-8058 Nº 19, 2008 Informativo Técnico Rede de Sementes da Amazônia Armazenamento das sementes As sementes toleram dessecamento (ortodoxas) e podem ser acondicionadas em sacos de papel armazenadas em câmara fria ou seca sem perda expressiva de viabilidade. As melhores condições de armazenamento por um período de 400 dias foram conseguidas em: sacos de papel (76,5% de germinação) e sacos plásticos (65,5%) em câmara seca ou sacos plásticos em condições de laboratório (63,5%). Germinação das sementes A germinação é epígea, fanerocotiledonar com cotilédones foliares. As sementes apresentam dormência física pela impermeabilidade do tegumento. Desta forma, há a necessidade de tratamento pré-germinativo. A germinação varia entre 60 e 89% quando as sementes passam por escarificação manual ou imersão em água quente por 20 minutos. Sem tratamento, a germinação varia entre 11 e 20%. Produção de mudas no viveiro Após tratamento pré-germinativo, as sementes podem ser semeadas em canteiros semi-sombreados ou em sementeiras com substrato organo-arenoso. Recomendase cobrir levemente as sementes com substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. Mudas com 5 a 6 cm podem ser transplantadas para embalagens individuais. A emergência (5 a 8 dias) e o desenvolvimento das mudas são rápidos, ficando prontas para o plantio no campo em menos de quatro meses. Em boas condições e após um ano de plantadas, as mudas podem alcançar até 5 m de altura e 15 cm de diâmetro. Fitossanidade Não há registros de problemas fitossanitários importantes para a espécie no Brasil. Porém, em viveiros, observou-se a perda de mudas pela podridão basal (dumping off). Autoras Noemi Vianna Martins Leão (noemi@cpatu.embrapa.br) Embrapa Amazônia Oriental Alessandra Doce Dias de Freitas (Alessandradoce@yahoo.com.br) Doutoranda UFRA Ruth Helena Andrade Carrera (Rhac021@yahoo.com.br) Graduanda UFPA Expediente Pau-de-balsa Ochroma pyramidale (Cav. ex Lamb.) Urbam Bibliografia Ferraz, I.D.K. & Varela, V.P. 1991. Germinação de sementes de pau-de-balsa. Pesquisa Agropecuária Brasileira. 26(10): 1685-1689. Leão, N.V.M. et al. 2001. Tecnologia de sementes de espécies florestais nativas da Amazônia brasileira. In: Silva, J. N. M.; Carvalho, J. O. P. de; Yared, J. A. G. (Eds.) A Silvicultura na Amazônia Oriental: contribuições do Projeto Embrapa/DFID. Belém: Embrapa Amazônia Oriental/DFID. Loureiro, A.A. & Silva, M. F. 1968. Catálogo das Madeiras da Amazônia. Vol.2. SUDAM,Belém. 433p. Lorenzi, H.1998. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. Vol.1. Editora Plantarum Ltda. Nova Odessa. Pinto, A.M. et al. 2004. Conservação e vigor de sementes de pau-de-balsa (Ochroma pyramidale). Acta Amazonica. 34(2):233-236. Site: http://www.madeirasdobrasil.eng.br (visitado em 03/ 09/2004) Site: http://www.colforest.com.co/serie-especies_forestales/ ochroma-pyramidale.pdf (visitado em 03/09/2004). Informativo Técnico Rede de Sementes da Amazônia é uma publicação da Rede de Sementes da Amazônia, projeto financiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente/MMA. Este informativo foi publicado graças ao apoio do Edital 03/2007 (Divulgação) CNPq/MCT/PPG-7 e esta disponível no endereço: http://www.inpa.gov.br (downloads). Instituições parceiras Universidade Federal do Amazonas (UFAM); Universidade Federal do Acre (UFAC); Universidade Estadual do Amazonas (UEA); Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA); Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/AM/ PA/RR); Fundação de Tecnologia do Acre (FUNTAC); Instituto Rondônia de Alternativas de Desenvolvimento (IRAD); Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA); e Associação das Empresas Exportadoras do Pará (AIMEX). Conselho Editorial Isolde D. K. Ferraz, Sidney A. N. Ferreira e José Luís C. Camargo - INPA, Manaus-AM Coordenação do projeto: Manuel Lima - UFAM, Manaus-AM Projeto gráfico: Tito Fernandes Editoração: Harley A.V. Santos - Manaus-AM Expediente Versão impressa ISSN 1679-6500 Versão on-line ISSN 1679-8058 Apoio Fale conosco Para maiores informações e troca de idéias, participe da lista sementes-daamazonial@inpa.gov.br, para solicitar cadastramento na lista envie mensagem para



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 Wikipédia, a enciclopédia livre.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Balsa_(madeira)


Balsa (madeira)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma caixa taxonómicaBalsa
Ochroma pyramidalis MS 3425.jpg
Classificação científica
Reino:Plantae
Divisão:Magnoliophyta
Classe:Magnoliopsida
Ordem:Malvales
Família:Malvaceae
Género:Ochroma
Nome binomial
Ochroma pyramidale
madeira balsa (Ochroma pyramidale), é um tipo de madeira leve, resistente, de crescimento rápido (podendo atingir até 30 metros), usada principalmente para confecção de aeromodelos rádio controlados. Ela é nativa principalmente da América Central, sendo encontrada entre as matas tropicais ao norte da América do Sul até o sul do México.
Pode ter folhagem persistente, mas caso haja uma estação seca muito prolongada, ela poderá perder sua folhas, sendo então conhecido como um tipo de Caducifólia. Sua árvore possui folhas grandes que variam entre 30-50 cm.
A madeira é muito suave (com poucos nós) e leve, além de ter uma casca grossa. Sua densidade quando seca, varia entre 100–200 kg/m³, mas com uma densidade típica de 140 kg/m³ (aproximadamente um terço de outros tipos de madeiras duras). Isto faz com que seja um material muito popular para construção de aeromodelos, maquetes e materiais flutuantes como salva-vidas.

Utilização[editar | editar código-fonte]

Esse tipo de madeira foi usada na construção de aviões, utilizados na Segunda Guerra Mundial, sendo o mais célebre o famoso De Havilland Mosquito além da construção da famosa jangada Kon-Tiki, usada na expedição de Thor Heyerdahl. A balsa foi também utilizada como piso do Chevrolet Corvette Z06 colada entre duas folhas de fibra de carbono. No tênis de mesa, as raquetes são tipicamente construídos com uma camada de balsa colada entre duas camadas de compensados. Atualmente é bastante utilizado tanto no aeromodelismo quanto no nautimodelismo.

Ver também[editar | editar código-fonte]


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